Liberdade e Felicidade – O Futuro da Educação

Liberdade e Felicidade – O Futuro da Educação

É fato consumado que o modelo de conteúdo da educação foi baseado na revolução industrial para suprir uma necessidade de trabalhadores disciplinados. O futuro da educação é ter uma ênfase em projetos e com o aluno no centro. Criança feliz aprende de forma mais engajada, mas isso também vale para educadores, pais e profissionais, não?

Antes de prosseguir com este post, vou contar uma breve história que escrevi em 2014 que é meu “Manifesto sobre futuros desejáveis”
http://marciookabe.com.br/manifesto-sobre-futuros-desejaveis

O João é um menino de 6 anos e tem um irmão mais velho – Roberto – de 13 anos. Eles moram com seus pais em uma casa que faz parte de uma pequena vila formada por mais algumas casas. As famílias forma uma comunidade com valores compartilhados e com atividades colaborativas. Uma casa maior possui a infraestrutura compartilhada com uma ampla cozinha, sala de jantar, lavanderia, biblioteca, sala de ginástica, oficina de artes e espaço de lazer, tudo coletivo.

O João e o Roberto não frequentam a escola, pois aprendem e estudam em uma escola livre onde o aprendizado acontece sem o modelo rígido da escola tradicional. Educadores facilitam o aprendizado e auxiliam no caminho de aprendizado de cada aluno. O objetivo final do estudo não é o vestibular, mas aprender de forma independente e na busca por TALENTOS PESSOAIS. Algumas crianças frequentam escola tradicional, mas participam da escola livre no outro período. Esta escola recebe crianças que não moram na vila, gerando renda para a comunidade.

Jovens na idade de fazer faculdade não são obrigados a prestar vestibular, eles são estimulados a serem empreendedores e atuarem de forma ativa para gerar renda com trabalhos em projetos com mentores.

Há um espaço de coworking para as pessoas que trabalham como profissionais liberais ou que possuem seu próprio negócio. Este espaço pode receber pessoas que não moram no vila e há uma metodologia de colaboração financeira para tornar o coworking um espaço sustentável e lucrativo.

Carros, bicicletas, equipamentos como furadeiras e outras ferramentas são compartilhados. Uma horta comunitária produz grande parte dos alimentos consumidos na comunidade. As refeições são organizadas de maneira colaborativa e em escalas, com isso as pessoas otimizam o tempo. Quem trabalha em empresas e não pode contribuir com TEMPO, faz a contribuição financeira adicional para contratação de uma pessoa responsável pela cozinha.

As compras são realizadas de forma coletiva, gerando uma grande economia para todos.

Um dos principais valores desta comunidade é a CONFIANÇA. O cuidado com as crianças é uma responsabilidade de TODOS e não apenas dos pais de forma individual. As pessoas idosas, por terem mais tempo, ajudam a cuidar das crianças pequenas.

Gostou da história? Pena que AINDA não é real, mas é uma tendência mundial. Que sentimentos você teve ao ler o texto? Ficou com o DESEJO de fazer parte de uma comunidade assim? O que te impede de começar?

Algumas tags estão relacionadas ao texto: #Cohousing #Cocriação #EconomiaCriativa #EconomiaCompartilhada #EconomiaColaborativa #Reciprocidade #Desescolarização #Ecovilas #Reciprocidade

Liberdade e felicidade: o futuro da educação?

Já se tornou clichê falar que a escola do século passado com o professor como centro e alunos recebendo conteúdo continua igual para grande maioria das escolas. Muitas escolas estão se reinventando e trazendo metodologias inovadoras colocando o aluno com centro e atuando com base em projetos.

20/Maio – Palestra ministrada no Festival Path 2018

A palestra no Festival Path foi incrível e emocionante. Assistam e compartilhem!

Como eu vim parar na EDUCAÇÃO?

Até Dez/2013, eu era um pai como milhões de pais (e mães) e não questionava o modelo da escola. Navegando no Facebook, descobri a Escola com Asas e aprendi uma nova palavra “DESESCOLARIZAÇÃO”. Aprendi que desescolarizar não é, necessariamente, tirar o filho da escola, mas sim TIRAR a escola que nos foi imposta de dentro da nossa cabeça.

Fiquei amigo da Sabrina de Campos que é uma empreendedora social cujo filho – Biel Baum – havia pedido para sair da escola porque não estava ajudando no seu sonho que é ajudar a alimentar as crianças de todo mundo através da alimentação saudável. O Biel se tornou conhecido como chef de cozinha e ministrar palestras no TED. Ele tem como mentor o Jamie Oliver, um dos maiores chefs de cozinha do mundo.

A frase da Escola com Asas que me marcou é “Qual é o talento que você pode oferecer para o mundo?”. Foi como tomar a pílula vermelha em Matrix e perceber que vivemos um modelo de escola criado para atender a revolução industrial e que não faz mais sentido. O sistema de educação se tornou uma indústria focada no VESTIBULAR. Como o Grande Irmão do livro 1984 de George Orwell, vivemos uma corrida para as crianças e jovens serem os “melhores” e conseguirem passar no vestibular.

Eu entrei na Engenharia Elétrica da Unicamp em 1988 e me formei em 1992 sem tomar pau em nenhuma matéria. Pode não parecer, mas tenho 49 anos e assisti o Queen ao vivo no Rock in Rio 1.

Na época do vestibular cheguei a pensar em fazer jornalismo, pois admiro bastante a busca da VERDADE nos fatos. A ironia é que hoje sou um gerador compulsivo de conteúdo em texto e vídeos.

A prova que o nosso sistema fracassou em ajudar as pessoas a identificarem seus talentos é o grande crescimento do COACHING. Nada contra o coaching, mas a imensa quantidade de pessoas buscando fazer uma transição de carreira para um trabalho com PROPÓSITO é sinal que a escola não ajudou.

Nesta jornada através da educação, conheci outras pessoas incríveis como

A programação e robótica tem crescido muito nos últimos anos e várias escolas tem surgido. Em 2015, levei meu filho para uma escola de programação/robótica para uma aula DEMO e ele AMOU a aula quando descobriu que poderia programar o Minecraft para o “robô” executar ações automaticamente. Tentei negociar uma bolsa em troca de apoio na divulgação, mas foi recusada e fiquei muito chateado. Naquele momento eu não tinha condições de pagar e pensei “Porque não existe uma escola online de programação/robótica”?

Em Março/2015, fui marcado no Facebook por uma amiga – Claudia Oliveira – para uma competição de projetos inovadores em educação. Para encurtar uma longa história, depois de 3 dias de eventos a minha ideia foi escolhida de forma unânime como a vencedora. A ideia foi criar uma “escola online de programação e robótica” e o nome seria Konfide Geeks…

2018-07-09T19:07:33-03:00